Pagamento reduzido? Entenda porque a segunda parcela do 13º salário é menor do que o primeiro!
Com as festas de fim de ano se aproximando, a expectativa pelo 13º salário aumenta entre os trabalhadores brasileiros. Esse benefício, que é um direito garantido pela legislação, traz segurança financeira em um período geralmente cheio de despesas.
Entretanto, muitos se deparam com uma surpresa desagradável: a segunda parcela do 13º salário costuma ser menor do que a primeira. Essa redução no valor é uma preocupação para quem conta com o 13º salário para quitar dívidas ou realizar compras especiais.
Os descontos do INSS e do Imposto de Renda aplicados na segunda parcela muitas vezes pegam os trabalhadores de surpresa. Compreender como esses descontos funcionam e quais os cálculos envolvidos é fundamental para que os beneficiários possam se planejar adequadamente para o final do ano.
O que é o 13º salário e como ele surgiu?
O 13º salário é um benefício instituído pela legislação trabalhista brasileira em 1962, que busca assegurar um suporte financeiro adicional aos trabalhadores no final do ano.
Este pagamento equivale a um mês de salário e é realizado em duas parcelas ao longo do ano. A expectativa em relação a esse benefício é alta entre os trabalhadores, que frequentemente o utilizam para cobrir despesas de final de ano ou realizar investimentos.
A criação do 13º salário teve como objetivo reconhecer o trabalho dos empregados e ajudá-los em épocas festivas.
Desde então, essa gratificação tornou-se uma parte importante do calendário financeiro de pessoas com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais, aposentados e pensionistas do INSS.
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Como funciona o cálculo do 13º salário?
O cálculo do 13º salário é feito com base na remuneração do trabalhador. Para aqueles que trabalharam o ano todo, o valor a ser recebido é equivalente ao salário mensal. Já para os que trabalharam apenas parte do ano, o pagamento é proporcional ao tempo de trabalho.
Os pagamentos ocorrem em duas parcelas:
- A primeira parcela, que é paga geralmente entre os meses de fevereiro e novembro, corresponde à metade do salário bruto do trabalhador, sem deduções.
- A segunda parcela, que deve ser quitada até o dia 20 de dezembro, completa o valor total do 13º, mas aqui são realizados os descontos legais.
Quais são os descontos aplicados?
Um dos principais motivos para a segunda parcela ser menor que a primeira são os descontos do INSS e do Imposto de Renda. Enquanto a primeira parcela é paga de forma integral, a segunda sofre deduções que impactam seu valor total.
Descontos do INSS
O desconto referente ao INSS é inevitável. A alíquota varia conforme a faixa salarial do trabalhador. Por exemplo, para quem recebe R$ 5.000,00, o desconto aplicado será de 14%, totalizando R$ 700,00. Este valor é subtraído do montante total da segunda parcela, reduzindo assim o valor a ser recebido.
Imposto de Renda
Da mesma forma, o Imposto de Renda também incide sobre a segunda parcela. Se considerarmos o exemplo do trabalhador com salário de R$ 5.000,00, o valor do IR será calculado sobre a base de cálculo após o desconto do INSS. Portanto, a base após dedução seria de R$ 4.300,00, resultando em um desconto de IR.
Exemplo prático do cálculo do 13º salário
Para demonstrar como funcionam esses descontos, vejamos um exemplo prático.
Considerando um trabalhador que tem um salário bruto de R$ 5.000,00:
- Primeira parcela (novembro): Valor total de R$ 2.500,00 (50% do salário), sem descontos.
- Segunda parcela (dezembro):
- Valor bruto de R$ 2.500,00.
- Desconto do INSS: R$ 700,00 (14% sobre R$ 5.000,00).
- Base de cálculo do IR: R$ 4.300,00 (R$ 5.000,00 – R$ 700,00).
- Desconto do IR: R$ 354,94 (aplicando a alíquota correspondente).
Dessa forma, o valor líquido a ser recebido na segunda parcela seria de aproximadamente R$ 1.445,06. Assim, fica claro como a segunda parcela é significativamente reduzida devido a impostos e contribuições.
Planejamento para o 13º salário
Para evitar surpresas com valores menores na segunda parcela do 13º salário, é crucial que os trabalhadores se planejem financeiramente. Compreender as deduções que incidem sobre o pagamento ajuda a definir expectativas mais realistas e a organizar as finanças no final do ano. Aqui vão algumas dicas para otimizar o uso do 13º salário:
Reserve para emergências: Sempre é prudente ter uma reserva financeira. Considere separar um montante para emergências, caso surjam imprevistos que exigem gastos adicionais.
Avalie seu orçamento: Ao saber que a segunda parcela terá descontos, é importante revisar seu orçamento. Planeje-se para as despesas de natal e ano novo levando em conta o valor líquido que você receberá.
Priorize dívidas: Considere usar o 13º salário como uma oportunidade para quitar dívidas existentes, especialmente aquelas com juros altos, como cartões de crédito. Isso pode aliviar sua carga financeira futura.
Foque em investimentos: Se suas dívidas estão sob controle, pense em investir uma parte do 13º salário. Avaliar opções de investimento pode oferecer um retorno maior para suas finanças no longo prazo.