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Renda extra para os idosos: saiba como garantir o Bolsa Família

O Bolsa Família continua a desempenhar um papel crucial na assistência a famílias em situação de vulnerabilidade no Brasil.

O programa, que atende mais de 21 milhões de famílias, passou por importantes atualizações recentemente, incluindo a possibilidade de inclusão de idosos como beneficiários.

Essa mudança visa ampliar a cobertura social e oferecer um suporte financeiro adicional para os idosos que vivem em famílias de baixa renda.

Além do valor base de R$ 600 mensais, o programa oferece diversos benefícios adicionais, que podem aumentar significativamente a renda das famílias cadastradas.

Essas alterações refletem o compromisso do governo em fortalecer a rede de proteção social, garantindo mais dignidade e qualidade de vida para milhões de brasileiros.

Renda extra para os idosos saiba como garantir o Bolsa Família
Idosos também podem receber Bolsa Família – Crédito: bolsadafamilia.com.br

Critérios para a inclusão de idosos no Bolsa Família

A inclusão de idosos no Bolsa Família depende de critérios específicos que devem ser atendidos pela família.

O principal requisito é a renda mensal per capita, que deve ser de, no máximo, R$ 218 por pessoa. Isso significa que a soma total da renda familiar, dividida pelo número de integrantes, não pode ultrapassar esse valor.

Para facilitar o entendimento, se uma família composta por três pessoas tem uma renda total de R$ 600, a renda per capita seria de R$ 200, tornando-a elegível para o programa.

Além da renda, é necessário que a família esteja inscrita no Cadastro Único (CadÚnico), um banco de dados que reúne informações socioeconômicas das famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade.

O cadastro é feito presencialmente em uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), onde o responsável deve apresentar documentos de todos os membros da família, como identidade, CPF, carteira de trabalho, comprovante de residência e de renda.

Recentemente, houve a inclusão de uma nova exigência: o CPF dos beneficiários deve estar regularizado junto à Receita Federal. Essa regularização pode ser feita online, facilitando o processo de inclusão no programa.

Cumpridas todas as etapas, o idoso passa a receber o benefício diretamente em uma conta social digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem.

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Benefícios adicionais disponíveis para idosos

Além do benefício básico de R$ 600, o Bolsa Família oferece outros benefícios que podem aumentar o valor total recebido pela família. Entre esses, destacam-se:

Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN)

Esse benefício adiciona R$ 50 ao valor total do Bolsa Família para cada membro da família com até seis meses de idade. Embora voltado principalmente para crianças, ele impacta o cálculo do valor final recebido pela família, podendo ser um complemento importante para idosos que vivem com netos.

Benefício de Renda de Cidadania (BRC)

Este benefício garante um valor adicional de R$ 142 por pessoa cadastrada no programa. Assim, famílias grandes ou com vários dependentes, incluindo idosos, podem ter um acréscimo significativo em sua renda mensal.

Benefício Complementar (BCO)

Para famílias cuja soma dos benefícios não atinge o valor mínimo de R$ 600, o programa oferece um complemento que assegura esse valor mínimo. Isso significa que, mesmo em famílias menores, o idoso pode garantir um mínimo mensal, ajudando no orçamento familiar.

Benefício Primeira Infância (BPI)

Este benefício oferece R$ 150 adicionais por criança de até seis anos, inclusive para idosos que cuidam de netos pequenos. É uma ajuda importante para cobrir despesas adicionais relacionadas à educação e saúde das crianças.

Vale-Gás

O programa Vale-Gás libera, a cada dois meses, 50% do valor médio nacional de um botijão de gás de 13 kg para famílias cadastradas no Bolsa Família. Essa ajuda é fundamental para reduzir os custos mensais com gás de cozinha, um item de primeira necessidade para qualquer família.

Possibilidade de acumular o Bolsa Família com o BPC

Uma dúvida comum entre os idosos é se é possível acumular o Bolsa Família com o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A resposta é sim.

Desde 2024, o BPC não entra mais no cálculo da renda familiar para o Bolsa Família, graças à aprovação do Projeto de Lei 3.619/2023. Dessa forma, um idoso que já recebe o BPC pode solicitar o Bolsa Família, desde que a família atenda aos critérios de renda exigidos pelo programa.

O BPC, pago pelo INSS, é destinado a idosos acima de 65 anos ou a pessoas com deficiência de qualquer idade, cuja renda per capita familiar seja inferior a 1/4 do salário mínimo.

Portanto, idosos em situação de extrema vulnerabilidade podem se beneficiar simultaneamente dos dois programas, desde que atendam aos critérios específicos de cada um.

A inclusão de idosos no Bolsa Família representa um avanço significativo na política de assistência social do Brasil. O programa, ao oferecer benefícios adicionais e ao permitir a acumulação com o BPC, amplia a rede de proteção social para um grupo que muitas vezes enfrenta dificuldades financeiras e sociais.

Com essas medidas, o governo busca garantir mais dignidade e segurança financeira para milhões de famílias brasileiras. Para acessar o benefício, é fundamental que as famílias mantenham seus cadastros atualizados e cumpram os requisitos exigidos.

Wilson Spiler

Redator do portal Bolsa Família. Jornalista, pós-graduado em Marketing Digital e graduação em Designer Gráfico. Atuou em grandes veículos nas mais variadas funções, como Globo, SRzd, Ultraverso, entre outros.

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