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Bolsa Família reduzido em 50%: entenda os motivos por trás do corte do seu benefício

Em junho de 2023, o Governo Federal implementou uma nova regra no programa Bolsa Família. Essa regra busca apoiar a estabilidade financeira das famílias durante a fase inicial de um novo emprego, quando ainda enfrentam desafios econômicos significativos.

A mudança, no entanto, gerou dúvidas entre beneficiários que observaram uma redução no valor recebido. Isso ocorre porque, ao ingressarem no mercado de trabalho formal, essas famílias passam a receber metade do valor original do Bolsa Família.

Essa medida foi uma resposta a demandas sociais, buscando incentivar o ingresso no mercado de trabalho sem que isso represente uma perda total de apoio financeiro.

Bolsa Família reduzido em 50% entenda os motivos por trás do corte do seu benefício
Milhões de beneficiários podem ter Bolsa Família reduzido pela metade – Crédito: bolsadafamilia.com.br

Nova regra do Bolsa Família

A regra de proteção estabelece que beneficiários do Bolsa Família que conquistam emprego formal e aumentam sua renda têm direito a permanecer no programa, desde que atendam a certos requisitos.

Para continuar recebendo o benefício reduzido em 50%, cada integrante da família deve ter uma renda mensal de até meio salário mínimo, atualmente fixado em R$ 706 por pessoa.

Esse benefício parcial é mantido por um período de até dois anos, funcionando como um suporte para que as famílias possam se adaptar à nova situação econômica.

A transição financeira também se alinha com os objetivos do programa, que busca auxiliar famílias em extrema pobreza, assegurando que tenham condições mínimas de subsistência durante a fase inicial de um emprego formal.

Dessa forma, o governo contribui para que as famílias consigam se estabilizar financeiramente sem abrir mão do benefício imediatamente.

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Estrutura do benefício: entenda os valores do Bolsa Família

O Bolsa Família atual é composto por três eixos principais: transferência de renda, condicionalidades e programas complementares.

Esses componentes permitem que o programa atenda as necessidades básicas das famílias beneficiadas, ao mesmo tempo em que estimula a participação em atividades essenciais para o desenvolvimento social.

  • Transferência de renda: Esse eixo garante o valor base de R$ 600 para cada família, com adicionais dependendo da composição familiar.
  • Condicionalidades: São exigências que incentivam o acesso a serviços essenciais, como a frequência escolar, o acompanhamento de saúde e o saneamento básico.
  • Programas complementares: Incluem projetos voltados para promover melhorias na qualidade de vida dos beneficiários, adaptando o programa a diferentes fases da vida familiar.

Esses valores são ajustados conforme o perfil da família.

Famílias com crianças entre 0 e 6 anos recebem um adicional de R$ 150 por criança, enquanto aquelas com crianças de 7 a 11 anos e adolescentes de 12 a 18 anos têm um adicional de R$ 50.

Gestantes e lactantes também recebem um adicional de R$ 50, o que reflete o compromisso do programa com o atendimento das necessidades específicas de cada grupo.

Quem pode ter o benefício reduzido pela nova regra?

A regra de proteção do Bolsa Família se aplica a famílias que, mesmo estando no programa, aumentaram sua renda familiar ao conseguirem emprego formal.

Para se manterem no programa com o valor reduzido, as famílias devem continuar dentro do limite de meio salário mínimo por pessoa. Isso significa que, para garantir o benefício, é preciso que a renda per capita se mantenha abaixo de R$ 706.

Essas famílias terão o benefício reduzido pela metade, mas continuam a receber apoio durante o período de adaptação ao mercado de trabalho.

Além disso, se houver queda na renda ou perda de emprego, a família pode retornar ao valor integral do benefício, desde que cumpra as condições de renda estabelecidas.

Condições que podem bloquear o pagamento do Bolsa Família

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) esclarece que algumas condições específicas podem levar ao bloqueio do benefício. Essas situações envolvem, principalmente, o descumprimento das condicionalidades e a atualização do Cadastro Único.

Entre os motivos que podem interromper o pagamento estão:

  • Frequência escolar inferior a 80% para crianças e jovens em idade escolar;
  • Falta de acompanhamento nutricional de crianças até 7 anos, realizado em postos de saúde;
  • Ausência de pré-natal para gestantes;
  • Renda mensal familiar superior ao limite de meio salário mínimo por pessoa;
  • Cadastro Único desatualizado há mais de dois anos.

Caso o benefício seja suspenso por algum desses motivos, o responsável será notificado por meio do aplicativo Caixa Tem ou do App Bolsa Família e deverá regularizar sua situação.

Como evitar fraudes e golpes no benefício

Recentemente, o MDS tem alertado beneficiários do Bolsa Família sobre golpes que utilizam o programa para desviar valores.

Criminosos têm aproveitado a situação de vulnerabilidade dos usuários, enviando mensagens falsas por SMS, WhatsApp ou e-mail, oferecendo vantagens ou afirmando que o benefício será cancelado, incentivando o usuário a clicar em links suspeitos.

Esses links podem conceder acesso indevido à conta do beneficiário, permitindo que criminosos realizem transferências fraudulentas dos valores do Bolsa Família.

Para evitar essas fraudes, é recomendado que o usuário sempre verifique o saldo e as movimentações diretamente nos aplicativos oficiais, como o Caixa Tem, e desconfie de mensagens suspeitas que pedem dados pessoais ou senhas.

Consulta ao saldo e pagamento do Bolsa Família

Para verificar o saldo e confirmar a continuidade do pagamento, os beneficiários podem acessar diferentes canais oficiais:

  • App Bolsa Família: Com login via CPF, é possível acompanhar as movimentações do benefício.
  • App Caixa Tem: No menu, basta clicar em “Bolsa Família” e selecionar “Consultar saldo”.
  • Atendimento telefônico: Ligações para a Caixa pelo telefone 111 e para o Ministério do Desenvolvimento Social pelo Disque Social 121.

Busca de equilíbrio na inserção no mercado de trabalho

A regra de proteção do Bolsa Família busca equilibrar a inserção de famílias no mercado de trabalho formal, mantendo um suporte financeiro parcial que facilita a adaptação inicial à nova realidade.

A redução temporária do benefício para quem consegue emprego formal promove a independência financeira sem que a família perca o apoio imediato do programa.

Dessa forma, o Bolsa Família se adapta para apoiar famílias em suas transições econômicas, contribuindo para que mais brasileiros alcancem estabilidade financeira com o passar do tempo.

Wilson Spiler

Redator do portal Bolsa Família. Jornalista, pós-graduado em Marketing Digital e graduação em Designer Gráfico. Atuou em grandes veículos nas mais variadas funções, como Globo, SRzd, Ultraverso, entre outros.

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