Novo acréscimo de R$ 160,00 no Bolsa Família; quem recebe?
A partir de outubro de 2024, o Bolsa Família ganhou um reforço importante no valor do benefício. Um acréscimo de R$ 160 foi implementado para alguns dos beneficiários do programa, que agora passam a receber um total maior.
Esse ajuste visa amparar famílias em situação de vulnerabilidade que, por conta de empréstimos consignados, tiveram seu benefício mensal reduzido durante o Auxílio Brasil.
Com essa medida, o governo procura não apenas restaurar o poder de compra dessas famílias, mas também garantir mais segurança financeira para o custeio das despesas básicas.
Por que o aumento foi necessário?
Durante o período do Auxílio Brasil, muitos beneficiários recorreram ao empréstimo consignado, uma modalidade de crédito que desconta as parcelas diretamente do valor do benefício.
Isso fez com que o valor líquido, que era de R$ 600, caísse para cerca de R$ 440 em muitos casos, prejudicando a subsistência de quem dependia desse recurso.
Com o fim desses descontos em setembro de 2024, as famílias voltaram a receber o valor integral de R$ 600, ao qual agora se soma o acréscimo de R$ 160. Essa mudança procura compensar as perdas financeiras e facilitar o reequilíbrio do orçamento familiar dos beneficiários.
O aumento de R$ 160 nas famílias
O adicional de R$ 160 representa um alívio importante para famílias de baixa renda, especialmente em um contexto de inflação e alta nos preços dos produtos básicos.
Esse aumento deve ajudar no pagamento de despesas essenciais como alimentação, saúde e educação. Para muitas famílias, esse valor pode significar um maior controle sobre os gastos do dia a dia, o que pode garantir uma condição de vida mais digna e segura. Além do valor fixo, o programa ainda oferece benefícios adicionais que somam à renda:
- Benefício Primeira Infância: R$ 150 para cada criança de até seis anos.
- Benefício Variável Familiar: R$ 50 para gestantes e jovens entre 7 e 18 anos.
Esses benefícios complementares foram pensados para atender às necessidades específicas das famílias, dando suporte extra para quem tem crianças pequenas ou jovens em idade escolar.
O que mudou com a reestruturação do Bolsa Família?
Desde o início de 2023, o Bolsa Família passou por uma reestruturação, voltando ao nome original após ser renomeado para Auxílio Brasil. Uma das principais mudanças foi a definição do valor mínimo de R$ 600, assegurado por uma Emenda Constitucional que destina R$ 70 bilhões ao programa.
Esse montante foi essencial para garantir a continuidade do pagamento e viabilizar os novos acréscimos, incluindo o recente adicional de R$ 160. Mas para manter o benefício, os beneficiários precisam atualizar os dados no Cadastro Único (CadÚnico), pois informações desatualizadas podem resultar em bloqueios.
A atualização do CadÚnico é fundamental para garantir o recebimento correto do benefício e também possibilita o acesso a outros programas, como o Auxílio Gás, que ajuda a arcar com o custo do botijão de gás.
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Sempre que houver mudança de endereço, na renda da família ou na composição familiar, é importante comunicar ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo, pois essas atualizações ajudam a evitar problemas e garantem a continuidade do benefício.
Proteção para quem consegue emprego
Outra novidade no Bolsa Família é a regra de proteção. Criada para oferecer mais segurança aos beneficiários que conseguem um emprego, essa regra permite que, mesmo com uma nova renda, a família continue recebendo 50% do valor do Bolsa Família por até dois anos, desde que o salário individual de cada membro não ultrapasse meio salário mínimo.
Com essa medida, o governo busca incentivar a busca por trabalho, oferecendo uma transição financeira mais suave para quem está saindo da situação de vulnerabilidade. Essa regra de proteção deve beneficiar quase 2 milhões de famílias a partir de outubro de 2024.
Parcelas retroativas desbloqueadas
Outra medida importante foi o desbloqueio de 700 mil parcelas retroativas do Bolsa Família. Esse crédito automático nas contas dos beneficiários elimina a necessidade de ir até uma agência da Caixa Econômica para resolver pendências.
Esse ajuste vem com o propósito de simplificar a vida dos beneficiários, reduzindo burocracias e garantindo que o pagamento seja feito sem transtornos.
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O Bolsa Família é mais do que um programa de assistência; ele é uma peça fundamental para a redução da pobreza e da desigualdade social no Brasil.
Com o novo aumento de R$ 160, o governo fortalece essa rede de apoio, permitindo que famílias em situação de vulnerabilidade tenham condições de viver com mais dignidade. Esse recurso, além de ajudar na economia doméstica, movimenta o comércio local.
Como o benefício é utilizado principalmente para consumo em supermercados, farmácias e outros estabelecimentos de bairro, ele impulsiona a economia das pequenas comunidades, criando um impacto positivo para além das famílias beneficiadas.