Nos últimos meses, muitas famílias que dependem do Bolsa Família enfrentaram bloqueios em seus benefícios devido a análises de dados. É crucial diferenciar entre bloqueio e cancelamento, pois aquelas que foram apenas bloqueadas e retornaram ao programa podem ter dinheiro acumulado no aplicativo sem saber. A seguir, explicamos como consultar e desbloquear as parcelas retroativas do programa.
À medida que março chega ao fim, o calendário de pagamentos do Bolsa Família também se encerra. No entanto, uma notícia preocupante surgiu: mais de um milhão de famílias tiveram seus benefícios bloqueados, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
Esse bloqueio impede o saque do benefício até que a situação cadastral seja regularizada. Em casos mais graves, o benefício pode ser cancelado permanentemente se não houver regularização ou esclarecimento dentro de seis meses.
Causas comuns para o bloqueio
Os bloqueios no Bolsa Família podem ocorrer por várias razões. Entre as mais comuns estão a falta de atualização cadastral, pendências relacionadas ao CPF dos membros da família, sinais de falecimento ou não cumprimento das condicionalidades de saúde e educação. Em fevereiro, cerca de 338 mil famílias tiveram seus benefícios cancelados devido a problemas cadastrais ou por atingirem o limite de 24 meses na Regra de Proteção.
Para evitar o bloqueio, é essencial que os beneficiários mantenham suas informações atualizadas no Cadastro Único (CadÚnico) e cumpram todas as condicionalidades exigidas pelo programa.
Como regularizar a situação no Bolsa Família
Para retomar o benefício, os beneficiários devem solicitar a reversão do cancelamento e resolver a situação que causou a suspensão no Cadastro Único. Essa ação é fundamental para que as famílias voltem a receber os valores mensais.
O titular do benefício deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo para verificar o motivo do bloqueio e quais documentos são necessários para reverter a situação.
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Recebimento de parcelas retroativas
Uma dúvida comum entre os beneficiários é se poderão receber as parcelas atrasadas após o desbloqueio do benefício. A resposta é positiva: uma vez regularizada a situação cadastral, a família terá direito ao saque dos valores retroativos.
É fundamental acompanhar o desbloqueio do benefício através do aplicativo Bolsa Família, do app Caixa Tem ou do Portal Cidadão da Caixa, verificando se as parcelas anteriores estão marcadas como “Liberado”.
O Ministério do Desenvolvimento Social assegura que os valores retroativos estarão disponíveis no Caixa Tem, sendo creditados automaticamente na conta bancária onde o beneficiário recebe mensalmente.
Além disso, os beneficiários que tiverem seus benefícios desbloqueados em abril contarão com uma vantagem adicional: poderão sacar as parcelas atrasadas diretamente nas agências da Caixa Econômica Federal e nas lotéricas.
Cuidados ao utilizar o aplicativo Bolsa Família
Para evitar problemas ao utilizar o aplicativo CadÚnico, os beneficiários devem tomar algumas precauções:
- Atenção ao Navegar pelo App: Leia atentamente cada mensagem e confirmação antes de prosseguir com qualquer ação no aplicativo. Isso evita erros que podem resultar em bloqueio ou cancelamento do benefício.
- Evite Mudanças Desnecessárias: Não altere informações no Cadastro Único sem um motivo claro. Mudanças desnecessárias podem levar ao acionamento inadvertido de funcionalidades que podem suspender o benefício.
- Procure Ajuda se Necessário: Em caso de dúvidas, consulte os centros de assistência social ou utilize os canais de atendimento do Cadastro Único. Profissionais capacitados podem orientar sobre como proceder corretamente.
- Verifique Suas Informações: Após realizar qualquer atualização, verifique se todas as informações estão corretas e se não houve acionamento indevido de funcionalidades que possam comprometer o benefício.
A conscientização sobre o funcionamento do aplicativo Cadastro Único e suas funcionalidades é crucial para garantir a continuidade dos benefícios sociais. Manter-se informado e cauteloso ao utilizar o aplicativo protege o direito ao Bolsa Família.
Em caso de problemas, buscar ajuda imediata nos centros de assistência social é a melhor forma de evitar a suspensão dos pagamentos. Estar atento a esses detalhes garante que as famílias continuem a receber o apoio necessário para sua subsistência.
