O Bolsa Família, um dos principais programas de transferência de renda do governo federal, iniciou os pagamentos deste mês de junho com um benefício médio de R$ 683,75.
Ao todo, 20,84 milhões de famílias serão contempladas, representando um desembolso total de R$ 14,23 bilhões. Este mês, 198 mil novas famílias foram incluídas no programa, ampliando ainda mais seu alcance.
No entanto, especialmente neste mês, também haverá o pagamento do Auxílio Gás, no valor de R$ 100, o que totaliza um pagamento médio de R$ 783,75.
Investimentos no Bolsa Família e melhora do benefício
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) destacou que, em junho, R$ 2,11 bilhões estão destinados aos benefícios Primeira Infância e Variável Familiar. Aproximadamente 9,38 milhões de crianças com até seis anos receberão um adicional de R$ 150, conhecido como Benefício Primeira Infância.
Além disso, 1,03 milhão de gestantes, 373,45 mil nutrizes e 15,58 milhões de crianças e adolescentes entre sete e 18 anos incompletos serão beneficiados com o Benefício Variável Familiar, que adiciona R$ 50 por beneficiário.
Regra de Proteção
A Regra de Proteção do Bolsa Família garante que 2,58 milhões de famílias, que tiveram aumento na renda de até meio salário mínimo por integrante, permaneçam no programa por até dois anos.
Essas famílias recebem 50% do valor do benefício a que teriam direito, incluindo os adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes. Em junho, o benefício médio para essas famílias foi de R$ 370,54, proporcionando uma rede de segurança econômica importante.
O Nordeste do Brasil continua sendo a região com o maior número de beneficiários do Bolsa Família. Em junho, 9,4 milhões de famílias nos nove estados nordestinos receberão um total de R$ 6,41 bilhões, com um benefício médio de R$ 682,02.
No entanto, a Região Norte apresenta o maior valor médio pago por família, que é de R$ 722,22. Para atender as 2,58 milhões de famílias na Região Norte, o governo desembolsará R$ 1,86 bilhão.
Predominância feminina e diversidade entre o Bolsa Família
As mulheres são a maioria entre os chefes de família que recebem o benefício do Bolsa Família. Em junho, 17.446.282 mulheres foram as titulares do benefício, representando 83,7% do total.
Além disso, a diversidade entre os beneficiários é significativa. Entre as pessoas beneficiadas, 40.132.986 são de cor preta ou parda, o que corresponde a 73% do total.
O programa também atende 928.798 famílias prioritárias, aquelas em situação de maior vulnerabilidade. Este grupo inclui 225.582 famílias com pessoas indígenas, 253.787 com pessoas quilombolas, 379.783 com catadores de material reciclável, 66.226 com pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão e 11.136 famílias com crianças em situação de trabalho infantil.
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Programas complementares e oportunidades
Além do Bolsa Família, outras iniciativas complementam a renda das famílias mais vulneráveis. Programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e pessoas com deficiência, garantem um salário mínimo mensal para aqueles que se encontram em situação de pobreza.
Para ter acesso ao BPC, é necessário comprovar renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo e estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico).
Outra iniciativa importante é o Abono Salarial do PIS/Pasep, destinado a trabalhadores com carteira assinada que cumprem determinados requisitos.
O valor do abono pode variar entre R$ 118 e R$ 1.412, dependendo do tempo de trabalho no ano anterior. Para se qualificar, é necessário estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter uma média salarial de até dois salários mínimos por mês no ano anterior.
Para acessar os benefícios do Bolsa Família e outros programas sociais, é fundamental que as famílias estejam inscritas no CadÚnico.
A inscrição pode ser realizada nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou por meio do aplicativo Meu CadÚnico. Manter-se informado e cumprir os requisitos é essencial para garantir os direitos e benefícios disponíveis.
O Bolsa Família, com sua abrangência e importância social, continua a ser uma ferramenta essencial para a redução da pobreza e desigualdade no Brasil.
A ampliação do programa e os investimentos focados em crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade refletem o compromisso do governo em garantir dignidade e bem-estar para todos.
Com uma gestão eficiente e informações acessíveis, cada vez mais famílias podem usufruir dos benefícios que lhes são de direito, construindo um futuro com mais segurança e qualidade de vida.
