Biometria das Eleições no Bolsa Família? Como cadastrar e para quê
Recentemente, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que torna obrigatório o uso da biometria para a concessão de benefícios sociais no Brasil.
Essa medida visa fortalecer a segurança na identificação dos beneficiários e garantir que os auxílios, como o Bolsa Família, sejam distribuídos de maneira justa e eficiente. Mas como essa exigência afeta os beneficiários e qual é o procedimento para cadastrar a biometria? Vamos entender melhor.
Inclusive, vale destacar que estamos em ano eleitoral, no qual a biometria é um processo necessários nas votações brasileiras.
O que é a biometria e por que ela é importante?
A biometria é um sistema de identificação que utiliza características físicas únicas, como impressões digitais, para reconhecer uma pessoa. Essa tecnologia é amplamente utilizada em diferentes áreas, incluindo segurança e administração pública.
No contexto dos benefícios sociais, como o Bolsa Família, a biometria é vista como uma solução eficaz para evitar fraudes e garantir que os recursos cheguem às pessoas certas.
Com a implementação da biometria no Bolsa Família, espera-se reduzir o número de fraudes e aumentar a transparência no processo de distribuição dos benefícios. Essa medida também visa assegurar que cada beneficiário seja corretamente identificado, evitando o recebimento indevido do auxílio por terceiros.
Como será o cadastro biométrico para o Bolsa Família?
O processo de cadastramento biométrico é simples e acessível. Para aqueles que ainda não realizaram o procedimento, é importante saber que ele pode ser feito em qualquer agência da Caixa Econômica Federal (CEF).
Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também participa desse processo, uma vez que os dados biométricos já cadastrados na Justiça Eleitoral podem ser utilizados para validar a identidade dos beneficiários do Bolsa Família.
Para realizar o cadastro, o beneficiário deve comparecer a uma agência da CEF munido de um documento de identificação, como o CPF.
No local, serão coletadas as impressões digitais de todos os dedos das mãos, além de ser tirada uma fotografia e colhida uma assinatura digital. Esses dados serão então encaminhados à Base de Dados da Identificação Civil Nacional (BDICN) do TSE, onde serão conferidos com as informações já existentes.
Caso o beneficiário já tenha realizado o cadastramento biométrico para as eleições, não será necessário realizar um novo procedimento. A Justiça Eleitoral compartilhará os dados biométricos com a CEF para garantir a identificação correta dos beneficiários.
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Benefícios e desafios da biometria no Bolsa Família
A implementação da biometria no Bolsa Família traz inúmeros benefícios, mas também apresenta alguns desafios.
Entre os principais benefícios está a maior segurança na distribuição dos recursos, uma vez que a biometria torna praticamente impossível que uma pessoa se passe por outra para receber o auxílio. Além disso, o processo é rápido e eficiente, evitando longas filas e burocracias.
Por outro lado, a obrigatoriedade da biometria pode representar um desafio para alguns beneficiários, especialmente aqueles que vivem em áreas remotas ou que têm dificuldade de acesso a agências da CEF. Para essas pessoas, a mobilidade reduzida ou a falta de acesso a tecnologia podem dificultar o processo de cadastramento.
A biometria e o cancelamento do título de eleitor
Outro aspecto relevante a ser considerado é a relação entre o cadastramento biométrico para as eleições e a concessão de benefícios sociais. Em alguns estados, como a Bahia, o recadastramento biométrico é obrigatório para todos os eleitores.
O não comparecimento pode resultar no cancelamento do título de eleitor, o que, por sua vez, pode acarretar a suspensão de benefícios como o Bolsa Família.
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) alertou que o cancelamento do título de eleitor pode gerar sérios transtornos, como restrições no CPF, impedindo o cidadão de realizar matrículas em instituições de ensino superior, tirar passaporte e até mesmo receber aposentadoria.
Além disso, municípios cuja economia depende do recebimento do Bolsa Família podem ser duramente afetados caso muitos eleitores não regularizem sua situação.