Bolsa Família: conta de luz pode dobrar – veja como garantir até 100% de desconto
Em setembro de 2024, a conta de luz de muitos brasileiros enfrentará um aumento considerável devido ao acionamento da bandeira vermelha no patamar 2.
Após mais de três anos sem esse tipo de cobrança, a situação climática, especialmente a seca em diversas regiões, levou ao uso intensivo de termelétricas, o que resultou em um aumento de custo na geração de energia elétrica.
Isso afetará diretamente os consumidores, com um aumento estimado entre 10% e 13% nas tarifas de energia.
Esse aumento representa um grande impacto no orçamento doméstico, especialmente para famílias de baixa renda que já enfrentam dificuldades financeiras.
Felizmente, existem formas de mitigar esse aumento, como o acesso à Tarifa Social de Energia Elétrica, que pode garantir até 100% de desconto para algumas famílias, incluindo as beneficiárias do programa Bolsa Família.
Entenda o aumento na conta de luz
O acionamento da bandeira vermelha patamar 2 foi motivado pela falta de chuvas, o que reduziu a capacidade das hidrelétricas e aumentou a dependência das termelétricas, cuja geração de energia é mais cara.
A cobrança adicional será de R$ 7,877 para cada 100 kWh consumidos, impactando de maneira significativa as contas de luz.
De acordo com economistas, o aumento médio na conta de luz será de 12%, o que representa, por exemplo, um acréscimo de aproximadamente R$ 16 em uma residência com consumo mensal de 200 kWh.
Embora esse valor possa variar conforme o consumo, o impacto no orçamento das famílias será expressivo, especialmente para aquelas de baixa renda.
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Aumento afeta a inflação
Além de pesar no bolso dos consumidores, o aumento nas tarifas de energia elétrica também afeta diretamente a inflação.
A estimativa é que a alta na conta de luz possa adicionar até 0,52 ponto percentual ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o principal indicador da inflação no Brasil. Isso pode elevar a inflação deste mês para 0,72%, impactando o poder de compra das famílias.
Com a inflação acumulada nos últimos 12 meses já em 4,5%, o impacto da bandeira vermelha pode comprometer ainda mais as metas estabelecidas pelo Banco Central.
Entretanto, especialistas acreditam que a bandeira vermelha poderá ser revertida para a bandeira amarela nos próximos meses, o que aliviaria parte desse impacto.
Tarifa Social de Energia Elétrica é alternativa para famílias de baixa renda
Diante desse cenário de aumento nas tarifas, a Tarifa Social de Energia Elétrica surge como uma alternativa crucial para as famílias de baixa renda.
Criada em 2002, essa iniciativa oferece descontos na conta de luz para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e com renda familiar per capita de até meio salário mínimo.
Além disso, beneficiários do Bolsa Família, idosos acima de 65 anos, pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e famílias que tenham entre seus membros pessoas com deficiência que dependem de aparelhos que consomem energia elétrica para tratamentos de saúde também podem se beneficiar desse programa.
Desconto na conta de luz baseia-se no consumo
Os descontos oferecidos pela Tarifa Social de Energia Elétrica são aplicados de acordo com o consumo mensal de cada residência. Para famílias de baixa renda, as faixas de desconto são as seguintes:
- Consumo de até 30 kWh/mês: desconto de 65%;
- Consumo entre 31 kWh e 100 kWh/mês: desconto de 40%;
- Consumo entre 101 kWh e 220 kWh/mês: desconto de 10%.
Para famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico, o desconto pode ser ainda maior:
- Consumo de até 50 kWh/mês: desconto de 100%;
- Consumo entre 51 kWh e 100 kWh/mês: desconto de 40%;
- Consumo entre 101 kWh e 220 kWh/mês: desconto de 10%.
Como solicitar o benefício da Tarifa Social?
As famílias que já estão inscritas no Cadastro Único e atendem aos critérios estabelecidos têm o benefício da Tarifa Social concedido automaticamente.
No entanto, aquelas que ainda não estão no CadÚnico ou que, por algum motivo, não tiveram o desconto aplicado, podem procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de sua cidade para regularizar a situação.
Além de apresentar documentos como CPF, RG e comprovante de residência, é importante estar com os dados atualizados no sistema do CadÚnico para garantir o acesso a esse e outros benefícios.
Vantagens para beneficiários do Bolsa Família
Como visto, famílias que recebem o Bolsa Família têm acesso facilitado à Tarifa Social de Energia Elétrica. Isso ocorre porque a inscrição no Cadastro Único, requisito básico para o Bolsa Família, já as habilita a receber o desconto na conta de luz.
Dessa forma, além do suporte financeiro oferecido pelo Bolsa Família, essas famílias podem garantir uma redução significativa na fatura de energia elétrica, aliviando ainda mais o orçamento mensal.
Dicas para reduzir o consumo de energia
Mesmo com o desconto da Tarifa Social, é importante que as famílias adotem medidas para economizar energia e, assim, reduzir ainda mais os gastos com a conta de luz. Algumas dicas simples incluem:
- Desligar aparelhos da tomada quando não estiverem em uso;
- Utilizar lâmpadas de LED, que consomem menos energia;
- Aproveitar a luz natural sempre que possível;
- Evitar o uso de eletrodomésticos em horários de pico.
Com o aumento das tarifas de energia elétrica, a Tarifa Social de Energia Elétrica é uma solução fundamental para as famílias de baixa renda. Para os beneficiários do Bolsa Família, o acesso ao desconto é facilitado, proporcionando uma economia importante em tempos de alta inflação.
Além disso, a combinação de descontos e práticas de consumo consciente pode ajudar a manter as contas de luz sob controle e garantir o bem-estar das famílias.