Nova rodada de bloqueios do Bolsa Família: quem perde e quem ganha
Uma nova rodada de bloqueios do Bolsa Família está afetando pessoas em várias regiões do Brasil. Para muitas delas, o programa é essencial, mas há regras que precisam ser seguidas para garantir o pagamento.
Recentemente, boatos sobre o fim do Bolsa Família aumentaram as preocupações dos beneficiários, mas o governo esclareceu: o programa não foi suspenso. Porém, quem não atende a alguns requisitos pode ter o benefício bloqueado.
Os motivos para o bloqueio são variados. Falta de atualização de cadastro, mudanças na renda familiar e baixa frequência escolar das crianças estão entre os principais fatores.
As famílias devem atualizar o Cadastro Único (CadÚnico) e garantir o cumprimento das regras para evitar surpresas. Mas como saber se o benefício está bloqueado e o que fazer para resolver?
Motivos para o bloqueio do Bolsa Família
A atualização do cadastro no CadÚnico é obrigatória para manter o benefício do Bolsa Família. Se os dados não estão atualizados, o governo não tem como saber se a família ainda se encaixa nos critérios de renda e condições.
Esse é o primeiro motivo para bloqueio. Se a última atualização foi há mais de dois anos, é hora de ir ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e renovar as informações.
A renda familiar também é um fator decisivo. O Bolsa Família é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade econômica, e um aumento na renda pode excluir o benefício. Quem tiver uma renda per capita superior ao limite permitido perde o direito ao auxílio.
Outro requisito é a frequência escolar dos filhos. As crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos precisam frequentar a escola regularmente.
Se o governo identificar uma queda na frequência, o benefício pode ser interrompido até que essa situação seja regularizada.
A vacinação das crianças também é uma exigência. É preciso que a carteira de vacinação esteja em dia para garantir o benefício. Esse controle ajuda a manter a saúde pública e assegurar que todas as crianças estejam protegidas contra doenças evitáveis.
A falta de acompanhamento nutricional para crianças menores de sete anos e de pré-natal para gestantes também pode causar o bloqueio.
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Como verificar se o Bolsa Família foi bloqueado?
O governo oferece várias formas para que os beneficiários acompanhem a situação do seu Bolsa Família. A maneira mais prática é pelo aplicativo Bolsa Família ou pelo Caixa Tem, que permite verificar se o benefício foi liberado ou se há algum aviso de bloqueio. Basta acessar a aba de “Pagamentos” para conferir.
Também é possível verificar pelo Disque Bolsa Família, pelo telefone 121, ou diretamente na agência da Caixa Econômica. Essas opções ajudam quem não tem acesso fácil à internet e preferem o atendimento presencial.
Você tem que saber disso: Alerta geral no CadÚnico! Quem não fizer isso até 31 de dezembro perde o Bolsa Família
Passos para desbloquear o benefício na sua conta
Se o benefício foi bloqueado, é essencial agir rápido. O primeiro passo é ir ao CRAS, onde o responsável pelo cadastro poderá esclarecer o motivo do bloqueio e os passos necessários para resolver a situação.
Normalmente, documentos como RG, CPF, comprovante de residência e certidões dos membros da família ajudam no processo de atualização. O atendente do CRAS informará exatamente quais atualizações precisam ser feitas para garantir a retomada do benefício.
O tempo de processamento dos dados pode variar, mas o governo estima que o desbloqueio completo leve até 90 dias. Porém, se a atualização for feita antes do dia 10 do mês, há uma chance de o benefício ser liberado ainda no mês corrente.
Caso contrário, a família só receberá no mês seguinte. Mas há uma boa notícia: o valor retroativo é garantido. Ou seja, o dinheiro que a família não recebeu durante o bloqueio pode ser sacado de uma vez, junto com o valor do mês.
Quem ganha com o programa atualizado?
Para quem segue todas as regras, o Bolsa Família oferece um apoio valioso. Atualmente, o valor básico do benefício é de R$ 600, mas famílias com crianças de até seis anos recebem um adicional de R$ 150 por criança.
Adolescentes entre 7 e 18 anos e gestantes também ganham um adicional de R$ 50. Esses adicionais ajudam a sustentar famílias em situação de vulnerabilidade, além de promover o desenvolvimento das crianças e adolescentes.
O calendário de pagamento é definido pelo Número de Identificação Social (NIS), o que facilita a organização das famílias para o saque. No mês de novembro, por exemplo, os pagamentos serão liberados a partir do dia 18, com base no final do NIS.