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Exclusão do Bolsa Família: é necessário novo cadastro para voltar a receber os R$ 600? 

Com mais de 3 milhões de famílias excluídas do Bolsa Família recentemente, segundo o Governo Federal, é essencial entender os procedimentos para reverter o cancelamento do benefício e manter o direito de recebê-lo.

Para os beneficiários afetados, o primeiro passo é identificar o motivo da exclusão, que pode estar relacionado a dados desatualizados, mudanças na composição familiar, falta de cumprimento das condicionalidades ou aumento na renda familiar.

Ao identificar o problema e corrigi-lo, muitas vezes a família consegue restabelecer o benefício sem um novo cadastro, mas em casos específicos pode ser necessário realizar uma nova inscrição no programa.

Exclusão do Bolsa Família é necessário novo cadastro para voltar a receber os R$ 600 
Cadastro Único é necessário para concessão do Bolsa Família – Crédito: bolsadafamilia.com.br

Motivos comuns para exclusão do Bolsa Família

A exclusão do Bolsa Família pode ocorrer por diferentes razões, com destaque para a atualização cadastral e o cumprimento das condicionalidades de saúde e educação.

O programa exige que as informações das famílias beneficiárias estejam sempre corretas e atualizadas no Cadastro Único (CadÚnico). Se a exclusão ocorreu devido a dados desatualizados, é possível que o próprio beneficiário faça a regularização no CRAS de sua cidade.

Em geral, mudanças de endereço, telefone, ou composição familiar (como nascimento, adoção, falecimento, ou casamento) devem ser comunicadas ao CRAS o mais rápido possível para evitar o cancelamento.

Outro motivo relevante é o não atendimento às condicionalidades, que incluem o acompanhamento de saúde para gestantes e crianças e a frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 5 anos e de 75% para beneficiários entre 6 e 18 anos.

Esses requisitos são verificados regularmente e a falha em cumpri-los pode levar à exclusão do programa.

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Requisitos para manter o Bolsa Família ativo

Para manter o Bolsa Família ativo, é fundamental atender a dois critérios principais: manter o CadÚnico atualizado a cada dois anos e cumprir as exigências de saúde e educação. A renda familiar per capita é o principal critério econômico, sendo permitida até R$ 218 por pessoa da família.

Por exemplo, em uma família de seis pessoas onde o total da renda é de um salário mínimo (R$ 1.320), cada pessoa terá uma média de R$ 220, estando, portanto, dentro dos limites do programa.

Além disso, a família deve realizar o pré-natal no caso de gestantes, garantir que as crianças menores de sete anos recebam acompanhamento nutricional e mantenham o cartão de vacinação em dia.

Cumprir esses requisitos reforça a segurança social e assegura que o benefício seja direcionado para quem realmente necessita.

Como reverter o cancelamento e voltar a receber o benefício

Para reverter o cancelamento do Bolsa Família, o beneficiário deve buscar o CRAS mais próximo, onde a equipe de assistência social pode verificar a situação e orientar o recadastro.

Se o cancelamento ocorreu devido a informações desatualizadas, é provável que a simples atualização dos dados resolva a situação, permitindo o retorno do pagamento sem a necessidade de um novo cadastro.

Em contrapartida, se a exclusão foi devida a irregularidades ou ao não cumprimento dos critérios de renda, pode ser necessário esperar um novo período de análise e, em alguns casos, reiniciar o processo de inscrição.

Nos casos em que a exclusão decorre da regra de emancipação – criada para manter famílias temporariamente no programa mesmo após aumentos na renda – o retorno pode não ser imediato, pois depende do período de carência e das revisões periódicas feitas pelo Governo Federal.

Passos para um novo cadastro no Bolsa Família

Para famílias que não conseguem reverter o cancelamento, pode ser necessário realizar um novo cadastro no Bolsa Família. A inscrição é feita no CRAS, sendo obrigatória a presença de um responsável familiar com pelo menos 16 anos.

Documentos essenciais incluem o CPF ou título de eleitor do responsável e documentos de identificação dos demais membros da família, como certidões de nascimento, carteiras de identidade (RG) e comprovantes de endereço recentes.

Após a inscrição, a análise da elegibilidade é feita automaticamente, considerando a renda mensal e outros critérios do programa. Mesmo que a família esteja inscrita no CadÚnico, não há garantia imediata de entrada no Bolsa Família, já que a seleção depende de critérios financeiros e de vulnerabilidade.

Busca ativa e inclusão no programa

A busca ativa é uma estratégia implementada pelo Governo Federal para localizar e cadastrar famílias em extrema vulnerabilidade que podem desconhecer seus direitos.

Assistentes sociais realizam visitas em regiões de difícil acesso para identificar pessoas que se enquadram nos critérios do programa, ajudando-as a obter o Bolsa Família.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, destacou que a busca ativa visa alcançar famílias que, por condições de extrema pobreza, não têm conhecimento ou acesso ao programa.

Essa medida complementa o processo de exclusão dos beneficiários que não atendem mais aos critérios, possibilitando a entrada de novos cadastrados que realmente necessitam do benefício.

Critérios para permanência no programa

Para continuar recebendo o Bolsa Família, as famílias precisam observar as condicionalidades do programa, especialmente em relação à saúde e educação.

Crianças e adolescentes devem manter frequência escolar mínima e atualizar o cartão de vacinação periodicamente. Além disso, o acompanhamento pré-natal e o estado nutricional das crianças menores de sete anos também são monitorados.

Esses requisitos refletem a intenção do programa de não apenas oferecer ajuda financeira, mas também promover o desenvolvimento social e o acesso a serviços essenciais.

Impactos do cumprimento das regras no Bolsa Família

O Bolsa Família visa proporcionar mais do que um apoio financeiro; ele busca integrar as famílias em situação de vulnerabilidade a um sistema de direitos sociais mais amplo.

Ao cumprir as condicionalidades, as famílias demonstram comprometimento com o programa, assegurando que o benefício seja utilizado como um mecanismo de apoio e inclusão social.

Em paralelo, o governo pode destinar os recursos de forma mais justa, promovendo o bem-estar de famílias realmente necessitadas e fortalecendo as bases do programa.

Assim, a atualização dos dados e o atendimento das exigências tornam-se não apenas obrigações, mas uma via de acesso contínuo ao Bolsa Família, fundamental para a construção de uma sociedade com mais equidade e justiça social.

Wilson Spiler

Redator do portal Bolsa Família. Jornalista, pós-graduado em Marketing Digital e graduação em Designer Gráfico. Atuou em grandes veículos nas mais variadas funções, como Globo, SRzd, Ultraverso, entre outros.

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