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MEI e Bolsa Família: você tem direito aos dois benefícios? Descubra a verdade

O Brasil possui mais de 14 milhões de microempreendedores individuais (MEI), segundo dados do Governo Federal.

Formalizar-se como MEI é um passo importante para quem deseja empreender e crescer no mercado. No entanto, isso não garante automaticamente a estabilidade financeira. Muitas vezes, mesmo com um CNPJ, o empreendedor pode enfrentar dificuldades econômicas.

Diante dessa realidade, uma dúvida comum surge: Quem é MEI tem direito ao Bolsa Família?

MEI e Bolsa Família você tem direito aos dois benefícios Descubra a verdade
Beneficiários do Bolsa Família pode ser MEI? – Crédito: bolsadafamilia.com.br

Regras do Bolsa Família para MEI

O Bolsa Família é um programa de transferência de renda criado para apoiar famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Para entender se o MEI pode receber o Bolsa Família, é necessário conhecer os critérios que determinam a elegibilidade ao benefício.

Critérios de elegibilidade

O principal critério para que uma família seja incluída no Bolsa Família é a renda per capita, ou seja, a renda por pessoa dentro da mesma residência.

De acordo com as regras vigentes, a renda per capita não pode ultrapassar R$218,00 mensais. Este valor é obtido dividindo-se o total de rendimentos mensais da família pelo número de pessoas que compõem o núcleo familiar.

Por exemplo, em uma família de quatro pessoas, se o total de rendimentos for de R$800,00, a renda per capita será de R$200,00, o que torna essa família elegível para o Bolsa Família.

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O MEI pode receber o Bolsa Família?

Sim, um microempreendedor individual pode receber o Bolsa Família, desde que cumpra os requisitos de renda. A condição de ser MEI, por si só, não desqualifica a pessoa para o benefício. O que realmente importa é se a renda per capita da família se enquadra nos limites estabelecidos pelo programa.

Requisitos adicionais

Além do critério de renda, outras condições devem ser atendidas para garantir a manutenção do benefício. Entre essas condições estão:

  • Saúde: As famílias devem cumprir o calendário nacional de vacinação e acompanhar a condição nutricional de crianças até 7 anos, além de realizar o pré-natal para gestantes.
  • Educação: Crianças e adolescentes devem manter uma frequência escolar mínima, que varia de 60% para crianças de 4 a 5 anos e 75% para aquelas entre 6 e 17 anos.

Benefícios do Bolsa Família

O programa Bolsa Família oferece diferentes tipos de benefícios, que variam conforme o perfil da família beneficiada. A seguir, veja os principais:

  • Renda de Cidadania: R$142,00 por pessoa da família.
  • Primeira Infância: R$150,00 para cada criança de até 6 anos.
  • Variável Familiar: R$50,00 para cada gestante e cada criança ou adolescente entre 7 e 17 anos.
  • Complementar: Quando a soma dos benefícios não atinge o valor mínimo de R$600,00 por família, é acrescentado um valor complementar para garantir que essa quantia mínima seja atingida.

Como se inscrever no Bolsa Família?

Para ter acesso ao Bolsa Família, é preciso estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) para Programas Sociais do Governo Federal. A inscrição é realizada nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) dos municípios.

Os documentos necessários incluem RG, CPF, título de eleitor, comprovante de residência e carteira de trabalho de todos os membros da família. Após a inscrição, a análise dos dados será feita pela equipe do programa, que verificará o cumprimento dos critérios para a concessão do benefício.

O que pode levar à perda do benefício?

Mesmo após se tornar MEI, o beneficiário pode continuar recebendo o Bolsa Família, desde que a renda familiar per capita permaneça dentro dos limites estabelecidos. Se a renda ultrapassar o valor de R$218,00 por pessoa, o benefício poderá ser cancelado na próxima atualização cadastral.

Em casos onde a renda familiar aumenta por conta do empreendimento, o beneficiário pode ser enquadrado na chamada Regra de Proteção, que permite a continuidade do benefício por até 24 meses, mesmo que a renda tenha superado o limite inicial, desde que não ultrapasse meio salário mínimo por pessoa.

Assim, ser MEI e ter direito ao Bolsa Família são condições que podem coexistir, desde que as regras do programa sejam cumpridas.

A formalização como microempreendedor individual é uma ferramenta poderosa para o crescimento pessoal e profissional, mas é fundamental que o MEI esteja atento à sua renda para continuar a ser beneficiário do programa de transferência de renda.

Além disso, manter os dados atualizados no CadÚnico e respeitar as condições de saúde e educação são essenciais para a continuidade do recebimento do Bolsa Família. Dessa forma, o MEI pode garantir o suporte financeiro necessário até alcançar maior estabilidade econômica.

Wilson Spiler

Redator do portal Bolsa Família. Jornalista, pós-graduado em Marketing Digital e graduação em Designer Gráfico. Atuou em grandes veículos nas mais variadas funções, como Globo, SRzd, Ultraverso, entre outros.

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