Salário-mínimo sobe: descubra qual o valor do Bolsa Família agora
Se tem uma coisa que todo mundo quer saber é: “afinal, o salário mínimo subiu. E o Bolsa Família, aumenta junto?” E olha, a resposta é um pouco mais complicada do que um simples “sim” ou “não”. Porque, como muita coisa no Brasil, o que parece óbvio, na prática, é cheio de detalhes.
Primeiro, vamos ao salário mínimo. Para começo de conversa, o salário subiu em 2024 para R$ 1.412,00 e a expectativa é de que possa chegar perto dos R$ 1.500 em 2025. Parece pouca coisa? Pode até ser que sim, mas cada centavo faz diferença para quem vive de um orçamento apertado. Agora, como essa alteração afeta o Bolsa Família? É aí que mora o detalhe importante.
Sendo assim, todos que já tem o Bolsa Família aprovado precisam saber o que pode acontecer. Isso serve para não despertar expectativas excessivas ou esperar sempre o mais desanimador.
Bolsa Família sobe com salário mínimo maior? Entenda
O Bolsa Família, que hoje tem um piso de R$ 600 por família, é ajustado de acordo com outros critérios. Então, mesmo com o aumento do salário mínimo, o valor fixo do Bolsa não aumenta automaticamente. Mas o que o governo faz, então?
Para garantir que o benefício acompanhe as necessidades da população, ele usa “extras” — sim, existem bônus além do valor base de R$ 600. E esses extras são muito mais do que um “plus”: eles fazem a renda crescer significativamente, dependendo de quem compõe a família.
Por exemplo, famílias com crianças pequenas (até 6 anos) têm direito a R$ 150 a mais por cada criança. Então, pense numa família com dois filhos pequenos: além dos R$ 600, ela recebe mais R$ 300 só de benefício adicional para essas crianças.
Já famílias com adolescentes ou gestantes ganham um valor extra de R$ 50 por cada um desses membros. Então, se a sua família tem três filhos adolescentes, você recebe mais R$ 150 além do valor básico.
Fique de olho nos critérios do benefício, independente do salário mínimo
Agora, atenção: mesmo que o salário mínimo tenha subido, o Bolsa Família usa o critério de renda per capita para definir quem tem direito ao benefício. Esse limite é de até R$ 218 por pessoa. E, sim, aí o aumento do salário mínimo pode acabar excluindo algumas famílias do programa.
Se a renda da sua família agora ultrapassar esse limite com o reajuste, existe o risco de você deixar de receber o benefício. Chato, né? Mas é como funciona.
E como esse limite é calculado, você se pergunta? Fácil (ou nem tanto): pega-se toda a renda da família, soma-se e depois divide pelo número de pessoas.
Se o valor resultar em mais que R$ 218 por pessoa, a família pode perder o direito de receber o Bolsa Família. Isso é revisado periodicamente, e o governo consulta os dados do Cadastro Único (CadÚnico) para garantir que só quem realmente precisa continue no programa. Então, manter as informações sempre atualizadas por lá é essencial para evitar surpresas.
Mas você sabia que o Bolsa Família tem também um “complemento” chamado Benefício Primeira Infância? Pois é! Ele é aquele valor de R$ 150 que mencionamos e só vale pra crianças de até 6 anos.
Esse benefício, com os R$ 600 e outros extras, pode fazer com que algumas famílias recebam um valor bem maior. Esse tipo de “adicional” garante que famílias com crianças pequenas tenham mais apoio, já que cuidar dos pequenos custa caro.
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Benefício complementar: você sabia?
E outra curiosidade importante: o governo também paga um adicional para famílias que ainda não atingem a base de R$ 600 com a renda de todos os membros.
Esse complemento, chamado Benefício Complementar, vem justamente para garantir que todas as famílias tenham pelo menos o valor base do Bolsa. É uma forma de equilibrar as contas e assegurar que ninguém fique com menos do que o mínimo prometido.
Agora, claro, o aumento do salário mínimo acaba afetando os benefícios sociais de outras formas, mesmo que o valor do Bolsa Família não tenha subido diretamente com esse reajuste.
Como o piso salarial define outras assistências e direitos trabalhistas, esse incremento pode aliviar um pouco o orçamento das famílias de baixa renda. Mas para muita gente, o que importa mesmo é saber que o Bolsa Família continua sendo uma ajuda garantida, com valores bem definidos e critérios claros para receber cada bônus.
Para quem quer conferir de perto como ficou o valor exato do benefício, basta acessar o aplicativo Caixa Tem ou o site do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. Ali, você pode ver o saldo e acompanhar o calendário de pagamentos, que, neste mês, segue o cronograma de acordo com o NIS (Número de Identificação Social) do beneficiário.
E não adianta ficar ansioso: a ordem de pagamento começa sempre com quem tem NIS final 1 e vai até o final 0, tudo certinho e sem surpresas.